MARCADO PARA JUNHO, XVI SIEN DEBATE O PAPEL DA ENERGIA NUCLEAR PARA FREAR A ESCALADA DO CLIMA
Está marcada para os dias 24, 25 e 26 de junho próximo a décima sexta edição do Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN/ENCOM 2025), que mais uma vez acontecerá no Rio de Janeiro, reunindo executivos de empresas públicas e privadas do ramo nuclear, governo, técnicos, pesquisadores, universidades e representantes da cadeia produtiva do setor.
O evento tem por objetivo apresentar e debater temas envolvendo os principais projetos e desafios do setor no País e aspectos ligados à política nuclear brasileira, além da Comunicação, ferramenta estratégica para sensibilizar a sociedade sobre os benefícios da tecnologia nuclear. Entre alguns dos principais temas da agenda, a XVI edição do SIEN/EMCOM vai discutir o papel da energia nuclear no esforço global para conter a escalada da temperatura no planeta.
“Colapso” climático
O ano de 2024 foi o mais quente da história do planeta, com temperatura acima do limite de 1,5º C, quebrando o recorde anterior estabelecido em 2023 e empurrando o mundo para um limite climático crítico, segundo novos dados da agência de monitoramento climático da Europa, Copernicus.
As consequências estão aí, visíveis para quem quiser ver, com desequilíbrios que vão além do que é registrado nos termômetros, intensificando inundações, ciclones, secas, queimadas e outros fenômenos cada vez mais intensos e frequentes mundo afora.
O agravamento do quadro climático vem desafiando os países em todo o mundo, inclusive o Brasil, que sediará, em novembro, a cúpula climática, a COP30. Durante este encontro, todos os países deverão apresentar seus planos para reduzir as emissões de carbono até 2035. Um dos maiores desafios para todos é equacionar essas metas e a geração de energia limpa, firme e segura.
A energia nuclear vem se destacando em todo o mundo como opção viável a curto prazo, seja através dos reatores de grande porte ou dos pequenos reatores modulares, mais rápidos de construir e mais baratos. Atualmente, mais de 70 gigawatts de novas capacidades nucleares estão sendo construídos no mundo, representando um dos níveis mais altos nos últimos 30 anos, segundo relatório da Agência Internacional de Energia intitulado “o caminho para uma nova era para a energia nuclear”. O documento aponta que a produção de eletricidade de origem nuclear já subiu para 2.742 TWh em 2023 e que a tendência se manteve em 2024, com 2.843 TWh. Para 2025, a previsão é de alcançar 2.900 TWh, o que representará cerca de 10% da produção elétrica mundial. Em 2023, havia mais de 410 reatores em operação em cerca de 30 países.
Na contramão do mundo
Mas enquanto os demais países discutem maneiras de enfrentar esse “colapso” climático e readequar as cidades para enfrenta-lo, buscando na energia nuclear uma contribuição imprescindível, o Brasil ainda discute se deve ou não terminar sua terceira usina nuclear – Angra 3, tema que também estará na pauta do SIEN/ENCOM 2025.
Outro assunto recorrente em todas as edições do evento é a tecnologia de reatores modulares de pequeno porte, concebidos originalmente para eletrificar instalações industriais, produzir calor e abastecer localidades remotas. Trata-se de mais um fator positivo à opção nuclear, tendo em vista seu custo menor e construção mais rápida, já que esse tipo de reator pode ser fabricado em escala por módulos e depois transportado e montado no local onde produzirá energia.
Independentemente de questões políticas, a escalada climática e a geração de energia têm de ser equacionadas urgentemente. E seja qual for o cenário de evolução até 2050, “certamente vai incluir um forte aumento da capacidade nuclear instalada no mundo superior a 50%, no cenário mais conservador”, prevê a Agência Internacional de Energia – AIE.
Diante dos fatos, se torna impossível ignorar a importância estratégica da tecnologia nuclear, não apenas na geração de energia, mas em suas múltiplas aplicações em diversas áreas. Alguns exemplos são a medicina nuclear, na proteção, diagnóstico e tratamento do câncer; no agronegócio (conservação de alimentos através da irradiação); água (dessalinização e tratamento de efluentes); tratamento de resíduos; indústria de petróleo (traçadores radioativos); defesa, pesquisa e outras.
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