No Minuto Abendi desta semana, o destaque vem da Ásia. O Dr. Sajeesh Kumar Babu, Chairman do ICNDT (International Committee for Non-Destructive Testing) e Presidente da NDTSS (Non-Destructive Testing Society Singapore), trouxe a perspectiva de Singapura durante o Conaendi 2025. Ele falou sobre os desafios de um país pequeno, com recursos humanos limitados, e destacou como novas tecnologias, de drones à inteligência artificial, já estão mudando a forma de inspecionar ativos críticos em todo o mundo.
O desafio de um país pequeno
Singapura, como destacou o Dr. Babu, é pequeno em território, mas enfrenta desafios gigantes por causa da escassez de recursos, principalmente de capital humano.
Atrair jovens para o END é uma tarefa difícil, e o país depende também de profissionais migrantes que cruzam fronteiras para trabalhar localmente.
Essa realidade reflete um ponto global: a necessidade urgente de formar novas gerações de inspetores e tornar a carreira mais atrativa.
O avanço das tecnologias de inspeção
Apesar do desafio de mão de obra, Singapura avança rapidamente na incorporação de tecnologia. Segundo o Dr. Babu, já estão em uso:
- Monitoramento em tempo real, que permite identificar falhas antes que se tornem problemas críticos.
- Sistemas aplicados a setores diversos: ferroviário, aeroespacial, petróleo e gás.
- Drones e inspeções em linha, que ampliam a cobertura e reduzem riscos operacionais.
Essas ferramentas permitem menos inspeções diretas, mas com maior precisão e segurança, preservando recursos e garantindo a integridade de ativos complexos.
Inteligência artificial e aprendizado de máquina
Outro ponto enfatizado foi o uso de inteligência artificial e machine learning. Para Babu, não se trata mais de futuro: essas ferramentas já estão sendo aplicadas, integrando dados de inspeção com históricos de manutenção para prever falhas e otimizar decisões.
Esse movimento coloca a tecnologia como aliada dos inspetores, aumentando a eficiência e ampliando a capacidade de gestão de ativos críticos.
O equilíbrio entre tecnologia e pessoas
A fala do Dr. Babu reforça que o caminho para o END é combinar tecnologia de ponta com profissionais qualificados. Mesmo com limitações de recursos, Singapura mostra que é possível avançar investindo em soluções digitais e criando um ecossistema global de cooperação.
O Minuto Abendi evidencia a visão de Singapura: o futuro do END passa por duas frentes complementares: atrair jovens talentos e usar tecnologias emergentes para transformar a prática de inspeções. Um recado que dialoga diretamente com os desafios brasileiros e globais.