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COMISSÃO TÉCNICA DE INSPEÇÃO NÃO INTRUSIVA – CT INI

Esta Comissão foi instalada em 2020 e tem por objetivo congregar especialistas para promover a troca de ideias e experiências, além de apoiar a Associação no desenvolvimento de atividades e ações para difundir a técnica da Inspeção Não Intrusiva – INI.


a) Desenvolver trabalhos de INI que estejam alinhados e possam ser agregados à NR-13;
b) Fomentar a implantação da INI com o objetivo de reduzir custos e tempo do processo e aumentar vida útil do equipamento;
c) Fomentar a implantação da INI com o objetivo de reduzir exposição dos trabalhadores a um ambiente/espaço confinado;
d) Estabelecer convênios com entidades parceiras para participação da elaboração e da revisão de normas, assim como de dispositivos legais, relacionados a INI;
e) Recomendar diretrizes básicas para treinamentos e capacitação de profissionais para atividades associadas à INI;
f) Participar e colaborar em eventos ou grupos de estudo, organizados por outras entidades e associações, nacionais e internacionais, relacionados a INI;
g) Desenvolver padrões ou fornecer guias técnicos, relacionados a INI.

GESTÃO 2020/2022:

Coordenação: Abendi
Secretária: Ana Paula M. Giolo – Abendi
Clique Aqui para mais informações!

INTEGRANTES:

Alessandra Alves – Abendi
Ana Paula Giolo – Abendi
Antônio Carlos Ribeiro – Braskem
Antonio Luis Aulicino – Abendi
Antonio Luiz de Melo Vieira Leite – Nuclenge
Carlos Eduardo Covisi – Solvay
Edemir Bressan – Petrobras
Guilherme Donato – Petrobras
Heloisa Cunha Furtado – Cepel
Jarbas Cabral – Braskem
Jorge Pereira – Mistras
Júlio Endress – Petrobras
Luis Carlos Greggianin – Braskem
Marcelo Neris – Abendi
Marcio Humberto Siqueira – Petrobras
Marcus Vinicius Cruz Sampaio – Petrobras/BS
Pedro Feres – Mistras
Ricardo Caldeira – ISQ
Ricardo Carneval – Especialista Autônomo
Ricardo Schayer – Petrobras
Ricardo Vendrame Borges – Braskem
Tito Fernando – TSEC
Wallace Carmona – Petrobras

PLANO DE TRABALHO 2021:

  • Participação na revisão da norma ABNT NBR 16455;
  • Realizar a interface com o IBP, no âmbito das comissões técnicas;
  • Influenciar nas revisões da NR-13;
  • Melhorar o processo da técnica, focando na integridade mecânica com diminuição dos custos e do tempo de intervenção;
  • Realização de treinamento;
  • Elaboração de um documento técnico sobre a metodologia da técnica, alinhada ao RBI e à análise de falhas;
  • Realização de um workshop.

Perguntas & Respostas

Perguntas Básicas

A Inspeção Não Intrusiva (INI) é uma metodologia de gestão de inspeção de equipamentos industriais que permite inspecioná-los sem sua retirada de operação, aumentado a segurança operacional e reduzindo os custos para as empresas.

Ela é uma opção para a inspeção prescritiva, ou mesmo para as atividades de inspeção pautadas pela aplicação da Inspeção Baseada em Risco (IBR), que frequentemente envolvem o adentramento nos equipamentos, com todos os riscos e requisitos que envolvem tal operação, inclusive de disponibilidade operacional.

Com efeito, a INI foi desenvolvida para atestar, sempre que possível, a integridade estrutural de equipamentos considerados críticos preferencialmente sem interrupção operacional, isto é, sem que os equipamentos sejam retirados de operação para que a avaliação de suas condições internas seja adequadamente conduzida. Ademais, mesmo nos casos em que o adentramento seja imprescindível, a utilização da INI de modo prévio é capaz de permitir que o adentramento e, consequentemente, a indisponibilidade operacional, sejam os menores possíveis.

A INI começou a ser desenvolvida na Europa por grandes empresas do setor de petróleo ainda nos anos 90 e essas primeiras experiências foram integradas em um projeto multicliente HOIS (“Harwell Offshore Inspection Services”), dando origem a um primeiro documento técnico em 2007. Com base nesse documento pioneiro, também em 2007, surgiu a Prática Recomendada DNV-RP-G103, posteriormente revisada em 2011 e 2020, esta última elaborada diretamente pelo HOIS.

No Brasil, inspeções piloto baseadas no documento DNV começaram a ser desenvolvidas a partir de 2009, porém, a viabilidade da implantação da INI e sua consolidação dependiam ainda da elaboração de um documento de referência brasileiro e de sua inclusão na Norma Regulamentadora NR-13. A primeira circunstância foi superada em 2016, pelo surgimento da Norma ABNT NBR 16455; a segunda, em 2017, por uma revisão da NR-13.

O processo decisório sobre o uso da INI é tratado através de uma série de perguntas organizadas sob a forma de fluxogramas na Norma ABNT NBR 16455, sendo os principais aqueles apresentados nas figuras 1, 2 e 3 do documento.

 A INI, tal como a Inspeção Baseada em Risco (IBR), baseia-se fortemente em informações detalhadas, precisas e tratadas estatisticamente sobre, pelo menos, três fatores:

(i) características metalúrgicas dos materiais,

(ii) potencial efeito deletério do ambiente e

(iii) técnicas de inspeção que melhor indicam e avaliam os mecanismos de dano fruto da junção dos dois primeiros fatores.

Para que as informações a respeito desses três fatores sejam devidamente suficientes e acuradas, são necessários, minimamente, especialistas de diferentes áreas: processo industrial, integridade estrutural, corrosão, metalurgia e materiais, técnicas de inspeção e segurança de processo.

Qualquer decisão sobre a metodologia de inspeção mais adequada para determinado caso deve ser baseada na avaliação das vantagens e desvantagens de cada uma. Em particular, a escolha entre a realização de uma Inspeção Visual Interna (IVI) ou de uma INI deve ter por foco a continuidade e segurança operacional, embasada na garantia da integridade estrutural do equipamento em tela. A INI apresenta como principal vantagem, sem dúvida, a avaliação da integridade (no mínimo equivalente à obtida pela IVI) sem a necessidade de adentrar no equipamento. Além disso, a INI evita as atividades necessárias ao adentramento no equipamento, com redução de custo e ganho de segurança, ou mesmo, em algumas situações, permitir a inspeção do equipamento em serviço. A principal desvantagem do uso da INI é que, para que se torne efetiva, a sua aplicação necessita de recursos que frequentemente estão presentes em empresas, tipicamente, de maior porte.

Em resumo, dentre os pontos positivos da aplicação da metodologia de INI, destacam-se:

(i)    o aumento de segurança, tanto de modo direto, quanto indiretamente, ao favorecer a redução de mão-de-obra durante as paradas; e
(ii)    os ganhos financeiros, tanto pela redução do lucro cessante das instalações, quanto pelo uso mais racional dos recursos de inspeção.

No Brasil, a possibilidade de utilização da INI para a eventual postergação dos prazos de inspeção interna de determinados vasos de pressão foi introduzida na revisão de 2017 da Norma Regulamentadora NR-13, considerando empresas que possuam Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos (SPIEs) devidamente certificados. Atualmente, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP), na condição de Organismo Certificador de Produto (OCP), é o único responsável tanto pela certificação dos SPIEs, quanto pela homologação das atividades de INI realizadas por estes.

Uma novidade trazida pela revisão de 2017 da NR-13 foi a possibilidade, mediante homologação da aplicação da INI, de ampliação dos prazos máximos de exame interno para vasos de pressão das categorias I e II em empresas que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos, conforme Item 13.5.4.7 da norma.   Mais detalhes acerca do processo de homologação da INI são apresentados no Art. 2º da Portaria MTb nº 1.082, de 18 de dezembro de 2018.

Embora não exista propriamente uma relação direta entre a Norma ABNT NBR 16455 e documentos de referência consagrados internacionalmente em IBR, ambas as metodologias possuem requisitos similares, de modo que, por exemplo, as informações de processo e contaminantes necessárias para definição dos mecanismos de danos e a emissão de um plano de inspeção na metodologia IBR facilitam sobremaneira a elaboração de um plano de inspeção INI, principalmente no que se refere aos itens Severidade e Taxas de Deterioração.

Ambas as metodologias dividem os equipamentos em zonas, e recomendam o plano de inspeção específico para cada posição física. Na INI, em cada zona temos um tipo de inspeção (A, B e C), que terá um tipo de cobertura dos ensaios (PARCIAL, PARCIAL AMPLIADA e GERAL) que, qualitativamente, indica qual o comprimento de solda ou área a ser inspecionada pelo lado externo.

No caso da IBR, a cobertura dos ensaios está quantitativamente definida em função da efetividade da inspeção (tipo de ensaio e extensão). Esta escolha do plano de inspeção, que permite a alternativa intrusiva e não intrusiva, será feita pelo risco esperado no final da próxima campanha do equipamento. Ou seja, quanto mais ensaios, menor o risco calculado para o futuro.

Em resumo, para equipamentos que já possuam um plano de inspeção estabelecido através de IBR a elaboração de um plano INI é bem mais fácil e rápida.

Todo processo decisório da INI é baseado em evidências, de modo que são os resultados das inspeções anteriores e o grau de conhecimento sobre determinado equipamento que definem a possibilidade de execução da INI. Este processo de decisão requer a avaliação da suficiência da informação disponível para planejar a INI e o nível de eficiência requerida, avaliando-se quão confiáveis são:

(i)    as previsões sobre os tipos de defeitos em potencial e suas localizações;
(ii)    a eficiência das inspeções anteriores; e
(iii)    a taxa de deterioração e sua severidade conhecida ou esperada.

Desta forma, as maiores dificuldades para a realização da INI estão relacionadas à disponibilidade, à suficiência e a confiabilidade das informações ao longo do tempo acerca do histórico de inspeção e operação, das correntes de processo e do tipo de deterioração atuante.

A ARC consiste em quantificar o nível de certeza dos mecanismos de danos possíveis no equipamento. Quanto mais teórico, abrangente e analítico, maior o número ARC, e quanto mais baseado apenas nos dados reais coletados nas inspeções internas, menor esse número, sempre variando entre 1 e 4, conforme definido no Item 5.4.2 da Norma ABNT NBR 16455.

Por exemplo, um vaso que somente tem informações de inspeção interna, sem dados de composição química e contaminantes seria considerado ARC 1. Porém, se além disso, possui o exato mapeamento dos danos identificados em inspeções anteriores, o modelamento dos fluidos e seus contaminantes e os mecanismos bem definidos, poderá ser ARC 3.

A ARC é particularmente importante, pois tem efeito direto na definição das Categorias de Confiança das inspeções anteriores, o que irá permitir ou não realizar a INI, conforme Item 6.3.2 (Fatores do processo decisório de alto nível) e Figura 3 da Norma ABNT NBR 16455.

O termo “confiança” é citado várias vezes na Norma ABNT NBR 16455 e, conforme o Item 6.3.2 (Fatores do processo decisório de alto nível), a confiança pode ser quantificada em três categorias: alta, média ou baixa.

A utilização das Categorias de Confiança é a base para a permissão ou não de se executar a INI. De maneira geral, elas ponderam a certeza de que todos os mecanismos de deterioração presentes, bem como os métodos capazes de identificar os defeitos associados a esses mecanismos, foram corretamente definidos. Assim, as informações que definem as Categorias de Confiança dependem das evidências do tipo de sistema de gestão da inspeção/integridade e dos históricos.

Por exemplo, uma confiança alta permitirá fazer INI em várias situações, exceto se a severidade dos mecanismos de deterioração for alta e a eficiência nas inspeções anteriores for baixa. Por outro lado, se a categoria de confiança for baixa, mesmo com baixa severidade dos mecanismos, só poderá ser feita INI com uma eficiência das inspeções no mínimo média.

A Avaliação da Efetividade das Inspeções Prévias corresponde à análise do histórico do equipamento e à comparação das inspeções anteriores em relação à inspeção visual para o mecanismo de dano associado àquela zona do equipamento. Ela é classificada em três tipos: alta, média e baixa, em função da probabilidade dos ensaios encontrarem o dano.

Conforme o Item 6.3.2.2 da Norma ABNT NBR 16455, “A avaliação da efetividade das inspeções prévias tem como finalidade qualificar a capacidade da INI de prever todos os tipos de defeitos relevantes, e consequentemente, a definição da eficiência dos métodos de END utilizados na detecção destes, de modo a permitir uma gestão adequada da probabilidade de falha do vaso”.

Por exemplo, se na zona da bota de um vaso, onde há possibilidade de acúmulo de líquido e maior probabilidade de corrosão, nunca tiver sido feita medição de espessura ou inspeção visual interna, pode-se classificar com de BAIXA efetividade as inspeções prévias. Do mesmo modo, se a região já tiver sido submetida apenas a uma inspeção visual, a efetividade pode ser MÉDIA; mas se dois tipos diferentes de inspeção (visual e ultrassônica) tiverem sido realizados, a efetividade pode ser classificada como ALTA.

Os desafios do planejamento transcendem a ideia básica da execução da inspeção. A INI, por necessariamente pressupor a participação de áreas correlatas à inspeção e por usualmente necessitar de recursos tecnológicos mais avançados, necessita de um planejamento antecipado e detalhado. A disponibilidade das pessoas e recursos para construção dos documentos que antecedem a realização da inspeção (como a ARC, por exemplo), costuma ser um fator limitante. Após a fase que antecede a inspeção, também há o desafio da disponibilidade de recursos de inspeção. Estes, a depender do volume de equipamentos que serão inspecionados e do prazo, podem também ser um importante limitante. Assim, um planejamento antecipado, detalhado e com os recursos corretamente nivelados é essencial. Ademais, deve ser ressaltado que, que por se tratar de um processo relativamente novo para algumas empresas, há de se considerar uma curva de aprendizado no processo.

Partindo-se do pressuposto que já se decidiu aplicar a INI a determinado equipamento, a estratégia de inspeção deverá seguir os requisitos da Norma ABNT NBR 16455 quanto aos ensaios a serem aplicados e à sua abrangência. Nesse sentido, como estabelecido na norma, os ensaios e as respectivas abrangências deverão estar em completo alinhamento com os mecanismos de dano e a probabilidade de ocorrências desses (como pressupõe a ARC). Assim, desde que respeitados os requisitos de cobertura e probabilidade de detecção de falha, a estratégia para execução da inspeção pode ponderar outros fatores, como a facilidade de execução, custo e disponibilidade de recursos para a execução da inspeção.

A divisão do equipamento em zonas se baseia nas diretrizes da Norma ABNT NBR 16455 e na avaliação da equipe multidisciplinar que compõe o time de aplicação da INI. Normalmente, essa leva em consideração a variação entre a existência ou não de mecanismos de dano em determinada região. Assim, toda região que tenha uma variação do mecanismo de dano, potencial ou ativo, em relação às regiões adjacentes, poderá ser considerada uma “zona” para avaliação em separado das demais.

A POD é encontrada nos fluxos decisórios das Figuras de 7 a 18 da Norma ABNT NBR 16455.

A qualidade da inspeção realizada deve ser averiguada conforme Item 9 da Norma ABNT NBR 16455. Neste item, de um ponto de vista holístico, faz-se a conferência de dois pontos.

O primeiro, a verificação da aderência entre os ensaios executados (técnica, local e cobertura) em relação ao que foi planejado. Nesta conferência, é averiguado se houve prejuízos na capacidade de identificar os mecanismos de dano.

O segundo, a conferência entre os mecanismos de dano que foram teoricamente mapeados como ativos e/ou potenciais (e, com esses, a forma e localização de seus danos) com o que foi efetivamente encontrado durante as inspeções. Nesse sentido, pretende-se averiguar a capacidade dos estudos que precederam a inspeção em predizer os danos com base nos resultados encontrados.

Perguntas WS INI

Existe projeto ABNT de criar norma de IBR, baseada em norma API e uma proposta da bancada patronal para incluir IBR na revisão da NR-13 na CNTPP sem prazo definido para se concretizarem. (Francisco Marques)
Braskem e PETROBRAS já haviam feito apresentações para conscientizar os participantes do comitê tripartite da possibilidade de inclusão de IBR na NR-13. (Odilon Horta)

A INI na Europa é utilizada principalmente pelas Cias Petroleiras, usando como base a guia G-103 do HOIS. Não conheço a experiência americana, tampouco a japonesa neste tema. (Francisco Marques)

O anexo 3 da NR-13 já trata da certificação voluntária do PH e o IBP pretendia iniciar essa certificação em 2020, mas com a pandemia mundial esse inicio está postergado para 2021. Documentação está pronta para aceite pelo INMETRO e posterior inicio de piloto para implantação. Desejo do mercado é pela atestamento de terceira parte. (Odilon Horta)

Para essa questão, temos duas abordagens diferentes a depender da origem da natureza dos desvios (essa mesma linha de raciocínio pode ser encontrada dentro da norma de INI observando-se as considerações feitas no item 7.3.5.2). Se pelo balanço da planta mesmo em condição de partida, parada e operação normal não forem existirem possibilidades da existência de contaminantes,  não há motivos para o monitoramento desses.  Nesse caso, é necessário uma verificação dos controle de processo de modo a garantir uma melhor capabilidade deste. Por outro lado, se em casos transientes e de operação normal forem possíveis o surgimento de contaminantes, de alguma maneira, é necessário que eles sejam um gatilho ações de contenção (sejam essas ações da própria operação ou sejam essas ações de inspeção). A abordagem usualmente feita é via API-970. (Ricardo Vendrame)

Na Europa a INI vinha sendo utilizada por grandes companhias do setor óleo e gás, como por exemplo, a BP, com base na guia DNV GL RP G103 que foi retirada de circulação em função de problemas com o HOIS, detentor dos direitos autorais da mesma. Hoje está em vigor uma guia atualizada HOIS Recommended Practice for Non-Intrusive Inspection of Pressure Vessels – HOIS-RP-103 – emitida no final de 2019. (Francisco Marques)

O P-10 está rodando há dois anos e já está em revisão final.  Quanto a efetividade, será estabelecida quando da realização das próximas auditorias do ciclo de certificação onde será inserido na lista de verificação o requisito efetividade para o equipamento auditado que está inserido na INI. (Odilon Horta)

Os novos ensaios deverão ter sua efetividade estabelecida para poderem ser utilizados. (Greggianin)

Os END da Guia 103 (que deram origem a 16455) são apenas exemplos de ensaios de possível utilização, e de empresas que participavam do HOIS no momento. Quando a norma fala em equipamentos projetados com previsão de INI significa previsão do uso de sensores permanentemente instalados. (Francisco Marques)

A evolução dos sensores é irrefutável e representará aumento na efetividade da inspeção. (Júlio Endress)

ISA é um precursos da INI, que é usada em aplicações bem específicas onde apesar de não haver adentramento de inspetores, algum tipo de sensor é penetrado para indicar o estado de integridade do equipamento (inspeção intrusiva com dispositivo de inspeção – restrições menores que a entrada do homem) (Greggianin)

O auditor deverá definir se o ISA atende ao prescrito na norma 16455. (Odilon Horta)

A descrição de todas as tarefas que farão parte da INI leva pelo menos 5 dias por equipamento (1 engenheiro, 1 ou 2 inspetores), para levantar documentos e histórico, mesmo usando aplicatívo que auxilia com mecanismo de dano.  Depois vem a etapa de planejamento de atividades no campo que é mais demorado ainda (p.ex. Montagem de acesso para um equipamento médio leva 8 dias).  A etapa de varredura no campo é de 5 a 8 m2 por dia (corrosão) e 2 a 4 m por dia (solda). Análise de dados leva 1 a 2 dias por dia de inspeção realizada. (Greggianin)

CSI evidentemente não entra na INI. Acontece que em alguns equipamentos quando da retirada de isolamento para realizar INI se descobre a presença de CSI.
A Braskem tem uma previsão de retirada de isolamento para prevenir CSI, mas a retirada de isolamento para realização da INI se sobrepôs a da de prevenir CSI. (Greggianin)

Não fizemos ainda esse tipo de comparação, mas é óbvio que se a torre é isolada o custo é bem maior que caso ela não seja.

O condicionamento de um equipamento para entrada leva pelo menos 5 dias, o que aumenta em muito a vantagem de uso de INI. (Greggianin)

O mais importante são as considerações quanto a saúde e segurança do trabalhador para adentrar no equipamento, bem como os custos possíveis por dano ao ambiente. (Jorge Pereira)

INI (Inspeção Não Intrusiva) é uma metodologia de inspeção feita a partir de técnicas de END que permitam a avaliação da integridade de um equipamento sem a necessidade de entrada nele (técnicas alternativas a IVI-Inspeção Visual Interna).

IBR (Inspeção Baseada em Risco) é uma metodologia para estabelecer prazos/intervalos de inspeção de equipamentos com base em gráficos de risco (probabilidade de ocorrencia de falha e sua consequência).
INI e IBR são complementares. IBR define prazo de inspeção e INI indica como inspecionar não intrusivamente. INI funciona como complemento da IBR. Os resultados da INI, assim como IVI, retroalimenta o estudo de IBR após sua realização. (Francisco Marques)

Com um trabalho de IBR já realizado se reduz todo pré estudo de mecanismos de danos para a INI. (Ricardo Vendrame)

De uma forma geral percebemos que relatórios anteriores não atendendo a metodologia da INI (definição de mecanismos de dano e técnicas de inspeção para avalia-la) são bem menos úteis que aqueles feitos dentro das prescrições da INI. As técnicas modernas de inspeção que são mais quantitativas que as antigas trazem uma grande vantagem na avaliação da integridade. (Ricardo Vendrame)

Inspeção de fabricação é fundamental para a avaliação da integridade do equipamento. Inspeção durante a vida do equipamento precisa ser feita de uma forma mais quantitativa e assertiva possível para ajudar na avaliação da integridade dos equipamentos. (Greggianin)

Técnicas de END 4.0 são muito mais sensíveis que as técnicas convencionais e encontram danos ainda não detectados e precisam ser cuidadosamente avaliados. (Júlio Endress)
Varredura ultrassônica C-Scan feita em equipamentos antigos geram dúvidas pela aplicação inicial em equipamentos já com danos em progressão. (Jorge Pereira)

A efetividade da inspeção é fundamentada nos parâmetros do END empregado: PoD (Probabilidade de Detecção) e na Cobertura (área inspecionada pelo END dividido pela área total). Esses parâmetros são muito variáveis em função não só do método/técnica de END adotado como também do aparelho/sistema comercial utilizado. É praticamente impossível “tabelar” seus valores. A estimativa então fica a cargo do especialista de END (nível 3) que deve fazer parte da equipe de planejamento, acompanhamento e análise dos resultados de um projeto de uso de INI. (Carneval)

A guia atualizada HOIS Recommended Practice for Non-Intrusive Inspection of Pressure Vessels – HOIS-RP-103 – emitida no final de 2019, apresenta metodologia quantitativa para determinar tanto para determinar a área de cobertura necessária quanto a efetividade do END requerido. (Francisco Marques)

Se a referência é quanto a auditoria do IBP, em cada etapa é enviado material e esse analisado. Sendo atendido os requisitos da norma 16455, passa-se para etapa de auditoria no campo. (Odilon Horta)

No caso da Brasken para  o projeto piloto os relatórios foram: Informações Preliminares,  INI, IVI, Informações Complementares. (Ricardo Vendrame)

No caso do G&E na fase de homologação foram gerados três relatórios (Estudo inicial, INI, IVI). Na fase subsequente de continuação de inspeção bastará um relatório. (Pascoal)

Os critérios, propriamente ditos, foram os equipamentos sujeitos a INI conforme P10 do IBP. Agora, nesse caso, seria mais fácil falar em premissas. Usamos, genericamente, as seguintes premissas:
 – Ser um equipamento de fácil liberação uma vez que as datas de auditoria não, necessariamente, serão ajustadas às datas de disponibilidade do site (para liberar o equipamento);
 – Ser um equipamento com acesso facilitado. Esse ponto não é um requisito, mas como são feitas muitas visitas à campo é muito mais fácil a logística dos auditores caso o equipamento seja facilmente acessado. (Ricardo Vendrame)

No nosso caso, usamos uma matriz de classificação de consequência de falha já implementada. Lembro que, assim como no RBI, esse é o caminho a ser seguido uma vez que para cada empresa a consequência de falha pode ser diferente. (Ricardo Vendrame)

A produtividade é muito importante pois tem efeito direto no custo da inspeção, devido ao consumo de diárias.
Assim temos as seguintes referencias do nosso projeto para compartilhar:
USPA-TOFD: 2-4 m/dia
C-scan: 5-8 m²/dia (Greggianin)

A inspeção interna de vasos de pressão não era só feita pela inspeção visual, também utilizava ensaios superficiais (PM e LP) para a detecção de trinca, mas a implantação da metodologia de INI se justifica, segundo as normas, pela possibilidade de existirem técnicas de inspeção (END) externas que tenham a mesma resposta/”sensibilidade”/detectabilidade que a inspeção visual interna, acrescida de LP e PM, onde cabível. (Carneval)

Os custos diretos da INI são maiores que os da IVI. Os custos de acesso em qualquer tipo de inspeção (interna ou interna) são tipicamente 3x relativos ao custo só dos END realizados. Porém onde advém vantagem financeira é na possibilidade que a INI seja realizada com o equipamento em operação, ou que colabore para menos dias de produção interrompida (lucros cessantes) devido a não necessidade de cuidados para entrada de inspetores quando de paradas. (Carneval)

Empresas de grande porte e as que possuem SPIE têm condição de atender aos requisitos de equipe multifuncional para cumprir as exigências das auditorias de homologação de INI que o IBP vem cobrando.

A introdução da INI na NR-13 com base na norma brasileira 16455 e atualmente sendo homologada pela auditoria do IBP a partir de uma comparação da aplicação da metodologia INI com a IVI tradicional. Ou seja, a firma só tem “permissão” para uso do INI depois da comprovação de efetividade comparativa ao uso da IVI. Mesmo assim conforme aprovado pela CNTT (e prescrito na norma) o uso da IVI permite a postergação da realização da INI, mas não a sua isenção de realização “ad eternum”. (Carneval)

A NR-13 em vigor determina que um SPIE certificado só estará habilitado para utilização da INI se passar por uma auditoria piloto executada pelo IBP com acompanhamento de representante da bancada sindical na ComCer, que prevê a execução de uma IVI para efeitos de validação de resultados. Mesmo assim conforme prescrito na norma o uso da INI permite a postergação da realização da IVI, mas não a substitui. (Francisco Marques)

São normas distintas que estão dentro do grande tema “manutenção”.
A ISO 55001, oriunda da BS PAS 55 (norma inglesa publicada pelo IAM), é um norma que trata sobre aspectos macros da gestão de ativos. Nesse sentido, a minha percepção é que ela está em um nível muito mais gerencial (no sentido de gestão) do que uma norma técnica a ser aplicada para um fim específico que é o caso da norma da INI. Nesse contexto, a INI aparece como mais uma das ferramenta na gestão ótima dos ativos podendo ser, se economicamente viável for, considerada como estratégia de preditiva (dado que é avaliada a condição do equipamento sem que o mesmo deixe de operar). Ressalto que todas as considerações de risco são feitas dentro da própria norma de INI e se sobrepões às questões econômicas como mencionado.  (Ricardo Vendrame)

A base da Indústria 4.0 é o acesso a informações em maior quantidade e disponíveis para acesso fácil e imediato. O uso de metodologia de inteligência artificial e do aprendizado por sistemas informatizado com base nas informações colhidas diretamente dos equipamentos certamente vai aumentar a confiabilidade nas decisões. As informações a respeito do estado de integridade do equipamento obtidas por técnicas “on line” e de informação imediata para os especialistas  sem dúvida aumentará a assertividade no julgamento do estado de dano e da necessidade de reparo dos equipamentos durante sua operação. (Carneval)

A indústria 4.0 e mais especificamente o END 4.0 é um avanço e já está em utilização, tendo a pandemia, como efeito colateral, adiantado a implementação de ferramentas tecnológicas que possam ser operadas e controladas de forma remota. A necessidade de ficarmos em casa evidenciou a necessidade de melhoria da estrutura para que isso aconteça de forma razoável: redes de internet eficientes, sinais de 4G presentes e estáveis, armazenamento e processamento de dados em nuvem.
A aplicação de recurso 4.0 já é realidade:
•    A utilização do Machine Learning no processamento de dados de inspeção já está sendo aplicada no Brasil;
•    Temos sensores de inspeção trabalhando sem fio (IIoT) disponíveis comercialmente;
•    O uso de smartphones e tablets no ambiente industrial é cada vez mais comum;
•    Wearable Devices para uso em inspeção já está sendo desenvolvido;
•    Diversos projetos de PD&I em andamento focados na implementação da Transformação Digital estão sendo desenvolvidos no país.
As oportunidades para o END 4.0 estão em franco crescimento no mercado de Inspeção de Equipamentos e o único risco é não evoluir junto: o mercado de trabalho está carente de profissionais que consigam fazer a conexão entre a sua tradicional área de conhecimento (no nosso caso podemos encarar como os END’s e Inspeção, por exemplo) e as tecnologias 4.0. (Júlio Endress)

Considero a Norma Brasileira cópia da RP DnV como uma Guia. Sua aplicação não é simples, e talvez o que se justifique é um guia de como usar a norma. Algo como as lições de uso da NR-13. (Carneval)

O HOIS desenvolveu uma guia para aplicação de sua guia HOIS-RP-103, que substituiu e cancelou a RP da DnV.  (Francisco Marques)