Durante o Conaendi 2025, Emilie Peloquin, Diretora Executiva Global em END na Evident, compartilhou uma reflexão essencial: o maior desafio do END hoje não é apenas técnico, é humano.
Canadense de origem e radicada nos Estados Unidos, Emilie trouxe a perspectiva da América do Norte sobre dois pontos críticos: a escassez de profissionais qualificados e a falta de visibilidade da profissão.
O desafio invisível do END
Emilie iniciou sua fala com um alerta: o número de profissionais qualificados em END vem diminuindo de forma acelerada em todo o mundo.
“A força de trabalho está encolhendo consideravelmente, e ainda há pouca visibilidade sobre o que o END realmente é.”
Essa falta de reconhecimento, explica ela, cria um ciclo preocupante: há poucos profissionais disponíveis, e menos ainda sabem que o END existe como carreira.
O resultado é uma lacuna crescente entre o potencial do setor e sua capacidade de atrair novas gerações.
Tornar o END visível é investir em futuro
Para Emilie, o primeiro passo para resolver o problema é comunicar melhor o valor do END.
A indústria precisa aprender a falar sobre si mesma, mostrando que os Ensaios Não Destrutivos são essenciais para a segurança, a energia, a infraestrutura e o progresso industrial.
“Precisamos aprender a defender nossa própria indústria. Mostrar às pessoas que o END existe, que é vital e que oferece carreiras promissoras.”
Ela defende que dar visibilidade ao END é uma responsabilidade coletiva, que deve envolver associações, empresas, escolas e profissionais. Mais do que uma questão de marketing, é uma estratégia para garantir a continuidade da profissão e formar novos talentos.
Tecnologia como aliada, não substituta
A executiva reconhece o impacto das novas tecnologias, como inteligência artificial e automação, na tentativa de equilibrar a escassez de mão de obra. Mas reforça: essas soluções não podem ser vistas como substitutas do trabalho humano, e sim como ferramentas que ampliam eficiência e reduzem tarefas repetitivas.
Segundo Emilie, o futuro do END depende da capacidade de unir inovação e empatia, tecnologia e propósito, garantindo que o fator humano continue no centro das decisões.
O chamado da América do Norte
A mensagem de Emilie representa um chamado global: se o END quer garantir seu futuro, precisa ser visto, compreendido e valorizado.
É hora de fortalecer a visibilidade da profissão, abrir espaço para novos talentos e mostrar ao mundo o impacto vital de quem assegura a integridade estrutural de tudo o que nos cerca.
Série Minuto Abendi Internacional
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