A Abendi destaca a fala de Paul Lang, Diretor Global de Certificação e Acreditação da American Society for Non-Destructive Testing (ASNT), sobre como a inteligência artificial e aprendizado de máquina estão transformando o END sem substituir o papel humano.
O desafio da escassez de profissionais
Durante o Conaendi 2025, o norte-americano Paul Lang, Diretor Global da ASNT, trouxe uma reflexão sobre o cenário atual dos Ensaios Não Destrutivos (END) nos Estados Unidos, um contexto marcado pela escassez de profissionais qualificados e pelo avanço acelerado da tecnologia.
Lang apontou que a redução da força de trabalho e a dificuldade de atrair novos talentos têm levado a indústria a repensar seus processos. Nesse movimento, a tecnologia deixa de ser apenas uma ferramenta de eficiência e passa a ser uma resposta estratégica à falta de pessoas.
O avanço da inteligência artificial e do machine learning
Segundo Lang, os Estados Unidos já vivem uma transformação digital no END, com o uso crescente de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) para apoiar a detecção de falhas, interpretar dados complexos e antecipar riscos em diferentes segmentos industriais.
Essas tecnologias, no entanto, não têm o objetivo de substituir o trabalho humano, mas de potencializar a capacidade dos profissionais.
“A tecnologia está avançando não apenas por eficiência, mas para lidar com o que realmente prejudica a indústria: a força de trabalho”, destacou Lang.
Um processo que exige validação e confiança
Mesmo diante das possibilidades que a IA e o ML oferecem, Lang reforçou que a adoção ainda é gradual. O setor exige comprovação técnica e validação prática, e esse ritmo controlado garante que a transformação ocorra de forma segura e responsável, sem comprometer a confiabilidade das inspeções.
Essa prudência reflete a maturidade do setor norte-americano, que aposta em inovação com cautela, priorizando a segurança e a consistência técnica.
Pessoas e tecnologia: uma convergência necessária
Para Lang, o futuro do END será definido pela colaboração entre conhecimento humano e inteligência artificial. A tecnologia não substitui a experiência, mas amplia o olhar dos profissionais, apoiando a análise, otimizando o tempo e reforçando a tomada de decisão técnica.
Essa visão reflete um ponto essencial do debate global: a inovação precisa ser humana para ser sustentável.
O Minuto Abendi mostra que a experiência dos Estados Unidos reforça uma lição universal. O avanço tecnológico é inevitável, mas seu verdadeiro valor está em fortalecer quem faz o END acontecer: os profissionais.
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