A técnica de Emissão Acústica depende diretamente da clareza de termos técnicos e da confiabilidade dos sistemas utilizados. É justamente nesse ponto que atua a Comissão de Terminologia e Instrumentação de Emissão Acústica, coordenada por Fernando Queiroz, responsável por estabelecer conceitos, parâmetros e requisitos mínimos que sustentam a qualidade dos ensaios.
Normas que transformam práticas
Um marco importante para o setor foi a criação das normas ABNT NBR 16593:2017 e ABNT NBR 16601:2017. Elas surgiram após a revisão da Norma Regulamentadora nº 12, cujo Anexo 12 estabelecia a necessidade de ensaios de Emissão Acústica em equipamentos de guindar pessoas e trabalhos em altura.
Antes disso, não havia norma nacional que tratasse do tema. A partir de sua publicação, houve avanços significativos na qualidade das inspeções, contribuindo para a redução de acidentes, inclusive fatais.
Atendimento direto às demandas
A comissão mantém um contato próximo com a indústria, prestadores de serviço e demais partes interessadas. Sempre que uma demanda técnica é apresentada, o grupo avalia e desenvolve uma norma que atenda de forma efetiva à necessidade do mercado.
Integração com padrões globais
O diferencial do trabalho da Abendi, segundo Fernando, está na forma como secretaria as comissões de estudo da ABNT, integrando diversas entidades ligadas à normalização de Emissão Acústica e garantindo harmonia entre o contexto nacional e os padrões internacionais.
Avanços recentes
A publicação da ABNT NBR NM 333 é um exemplo de atualização relevante. A norma, antes conhecida como NBR 15269, teve sua primeira edição em 2005 e foi integrada às normas do Mercosul em 2012.
Desde então, acompanha a evolução da técnica e mantém alinhamento com as exigências mais atuais do mercado.
Tendências e próximos passos
A comissão segue acompanhando tendências globais, revisando sistematicamente as normas e harmonizando documentos nacionais com referências internacionais. No horizonte, a revisão da NM 302, que trata da terminologia do ensaio, promete ser um dos desafios mais complexos.
Com o avanço de conceitos como Inteligência Artificial, aprendizado de máquina e END 4.0, será necessário avaliar a inclusão de novos termos técnicos que reflitam essa nova fase.
“Com o advento da IA, novos termos foram criados. Será preciso avaliar a inclusão desses conceitos na terminologia para acompanhar a transformação digital”, explica Fernando Queiroz.
Fernando Queiroz.
Coordenador: Comissão de Estudo de Terminologia e Instrumentação de Emissão Acústica